terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Serviço à doutor

Apaixonado por medicina, Hugo Gaspar foi levado pelo sonho e é, hoje, o doutor de serviço .
No terceiro ano do curso, trocou as aulas por uma aventura na Itália. Rapidamente voltou a Portugal. Afinal, ser médico estava acima de qualquer paixão pelo voleibol. Hoje, Hugo Gaspar não se arrepende das decisões que tomou ao longo da vida mas não esconde as dificuldades que ultrapassa para conseguir conciliar a medicina com o voleibol. “É extremamente difícil conciliar e depende muito da força de vontade de cada um. Existem atletas que seguiram medicina e depois deixaram a alta competição. Eu, como sou ambicioso, tento conciliar as duas coisas”, comentou. Hugo Gaspar não é caso único na modalidade. Há já vários atletas a conciliar os estudos com o voleibol. Porém, são poucos os que chegam aos maiores palcos europeus. O atleta do Vitória conseguiu-o e explica como:”Fui colocando objectivos desde novo e depois vivi um ritmo de vida muito elevado. Quando estou parado tempo demais também me custa”.



Sem tempo para parar, Hugo Gaspar divide-se agora entre Vila Real e Guimarães. Não se considera ainda um médico à séria mas a ambição que o move rapidamente o tornará num Sr. Doutor. “Acabei o curso este ano e comecei a exercer em Janeiro. Sou médico no papel mas a nível de experiência, tenho ainda muito para aprender. Estou a fazer o internato médico e só em Dezembro escolherei a minha especialidade”, esclareceu. Falta ainda muito tempo para Hugo Gaspar pensar na especialidade a seguir, porém, o vitoriano tem já um ponto assente: Uma vez que me custaria muito deixar o voleibol e porque me sinto com capacidades para jogar mais alguns anos, devo seguir medicina familiar. É uma área que me permite ter um horário mais compatível com os treinos”.


A paixão pelo Voleibol é indiscutível, porém, o amor pela medicina fala mais alto. Na sua carreira, Hugo Gaspar teve já de escolher entre as duas. E a opção recaiu sempre na medicina. “Quando estava no terceiro ano do curso, decidi ir para Itália. Fui campeão e correu tudo às mil maravilhas. Porém, saiu uma lei que me obrigava a voltar porque corria o risco de me cancelarem a matrícula na Faculdade. Coloquei a medicina à frente do desporto porque o voleibol não vai durar toda a vida”, comentou.
“Somos os campeões nacionais e temos o título a defender”
A ambição de Hugo Gaspar levou-o aos maiores palcos europeus. Depois da passagem por Itália, Hugo Gaspar defronta agora, ao serviço do Vitória, as melhores equipas do mundo. “O que nos move é a ambição e estamos super motivados por enfrentarmos os campeões nacionais de outros países. Tivemos um prémio e vamos aproveitar ao máximo esta qualificação”, atestou. O jogador vitoriano centra as suas atenções no campeonato, porque, tal como o próprio indica, “se não formos campeões, ninguém se vai lembrar que em Janeiro estávamos nos quartos de final da Liga dos Campeões”. “Somos os campeões nacionais e temos o título a defender. Vai ser uma batalha dura mas estamos cá para isso”, acrescentou. Na luta que aí se aproxima, os colegas de Hugo Gaspar podem estar descansados. Os tratamentos estão garantidos pelo médico Gaspar. “Costumo dar alguns conselhos aos meus colegas e tento ajudar naquilo que posso”, concluiu.

In " vitorias.pt"

2 comentários:

Anónimo disse...

Da maneira como anda o ensino em Portugal, cada vez mais burocrático e pouco centrado na qualidade, estou tentado a adoecer por tempo indeterminado e dedicar-me à carreira de orientista. Apenas preciso de um empurrãozito... quando puderes assinar os papeis para a reforma avisa!!!!! Forte abraço para o entrevistado e bjns o entrevistador:)

Anónimo disse...

Quando disse entrevistador queria dizer bloguer, claro!!!